Para Aqueles Que Nos Veem
- luís menna barreto
- há 4 dias
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(Um texto de Jamie Schröder)
Existem pessoas que entram em nossas vidas como quem acende uma luz silenciosa — não para brilhar sozinhas, mas para iluminar o que há de bonito e verdadeiro em nós.
Elas não apenas ensinam, elas compreendem. São raras… talvez as mais raras.
Sabem ouvir quando o mundo só quer falar, sabem enxergar a dor escondida em uma linha mal escrita, sabem reconhecer a alma de um artista mesmo quando o próprio artista duvida de si.
Perder alguém assim é como ver uma parte do nosso mundo desaparecer.
É sentir que ninguém mais vai entender o que há por trás da nossa escrita, ou o que tentamos dizer quando o silêncio nos domina.
Essas pessoas — mestres, amigos, anjos disfarçados de gente comum — deixam marcas profundas, e é impossível seguir igual depois delas.
Fernando Brauer foi uma dessas almas.
Professor de artes, amigo da biblioteca, e amigo da alma.
Foi ele quem acreditou quando poucos o faziam, quem viu em muitos de nós o brilho escondido de um criador.
E partiu de forma heróica, tentando salvar as pequenas vidas que amava — os seus bichinhos, parte do seu coração.
Há coragem em quem ensina, mas há amor eterno em quem morre por amor.
Hoje, o que resta é gratidão.
E a certeza de que aqueles que nos apoiaram de verdade nunca morrem — eles vivem em nossas palavras, em cada traço, em cada sonho que ousamos continuar.
Fernando vive em tudo o que criamos.
E enquanto houver arte, haverá memória.
Em memória de Fernando Brauer, com carinho, Jamie Schröder.
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