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Menino da Rua

menino da rua
Menino da Rua

Por Fátima Pinheiro de Moraes*


Menino da rua tão distraído

Que passa a tarde toda a vagar

À frente de sua casa põe-se a cantar

Igual ao pássaro que foi ferido.


Seu corpo frágil, igual cristal

Desvenda todo o seu retrato

Na tatuagem simples de um gato

Posso prever todo o seu final.


Na tarde mansa, na rua calma

Encontro-o triste a meditar

E tudo que pensa penetra n’alma.


Tristeza, dor, vem ali morar

E no amor que além se espalma

Não pode com ele jamais contar.


22/01/1988


*Esta publicação é uma deliciosa parceria entre o Grômio Literário Patrulhense (GLP) e o blog mennaempalavras.


Fátima Pinheiro de Morais Dávila, natural de Santo Antônio da Patrulha, professora aposentada, graduada em Letras - Português e Literatura da Língua Portuguesa e pós-graduada em Gestão Escolar. Desenvolveu seu trabalho em várias escolas do município de Caraá. Encerrou suas atividades na Escola Elizabete Grégis, na localidade de Colônia Fraga. Recém associada ao Grêmio Literário Patrulhense, é amante da leitura, da escrita e das coisas simples da vida.

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