Menino da Rua
- luís menna barreto

- 19 de nov.
- 1 min de leitura

Por Fátima Pinheiro de Moraes*
Menino da rua tão distraído
Que passa a tarde toda a vagar
À frente de sua casa põe-se a cantar
Igual ao pássaro que foi ferido.
Seu corpo frágil, igual cristal
Desvenda todo o seu retrato
Na tatuagem simples de um gato
Posso prever todo o seu final.
Na tarde mansa, na rua calma
Encontro-o triste a meditar
E tudo que pensa penetra n’alma.
Tristeza, dor, vem ali morar
E no amor que além se espalma
Não pode com ele jamais contar.
22/01/1988
*Esta publicação é uma deliciosa parceria entre o Grômio Literário Patrulhense (GLP) e o blog mennaempalavras.
Fátima Pinheiro de Morais Dávila, natural de Santo Antônio da Patrulha, professora aposentada, graduada em Letras - Português e Literatura da Língua Portuguesa e pós-graduada em Gestão Escolar. Desenvolveu seu trabalho em várias escolas do município de Caraá. Encerrou suas atividades na Escola Elizabete Grégis, na localidade de Colônia Fraga. Recém associada ao Grêmio Literário Patrulhense, é amante da leitura, da escrita e das coisas simples da vida.




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